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Churrasco, picolé e celular barrado: o jantar de Lula com ministros do STJ

Encontro foi marcado por defesa de mais mulheres e negros no tribunal e críticas de Lula a Bolsonaro


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na noite desta quarta-feira (18) ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para um churrasco na Granja do Torto, casa de campo da Presidência da República, em Brasília.


O jantar foi marcado por um clima ameno, defesa da democracia e críticas de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à baixa presença de mulheres e negros na composição do tribunal.


O jantar foi marcado por um clima ameno, defesa da democracia e críticas de Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à baixa presença de mulheres e negros na composição do tribunal.


Falta de diversidade


Lula iniciou sua fala criticando a baixa representatividade feminina e de negros no tribunal. O presidente reclamou que só há três ministras no STJ. Herman Benjamin corrigiu Lula e disse que ao todo são cinco – duas não estavam presentes no jantar.


O presidente afirmou que é preciso refletir a respeito da quantidade reduzida de ministras na comparação com ministros e melhorar o número de mulheres e ministros pretos e pardos no tribunal.


No início da semana, o presidente se referiu à composição dos tribunais superiores como “supremacia branca”. Lula não nomeou, mas se referia justamente ao STJ.

O tribunal é composto por 33 ministros, mas está com duas vagas em aberto em decorrência de aposentadorias. Lula terá de indicar dois novos nomes este ano.


No jantar, o presidente não sinalizou apoio a nenhum candidato. Lula lembrou em seu discurso que nunca pediu nada a nenhum ministro que nomeou.


Acompanharam Lula no jantar os ministros Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública, e Rui Costa, da Casa Civil.


Também estavam presentes o chefe de gabinete do presidente, Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola, e o chefe do cerimonial da Presidência, embaixador Fernando Igreja.


Críticas a Bolsonaro


O encontro é o segundo de uma série que o presidente busca promover com ministros de tribunais superiores. O primeiro foi realizado com integrantes do Supremo Tribunal Federal. Lula pretende se encontrar ainda com ministros do Tribunal Superior do Trabalho e do Superior Tribunal Militar.

A agenda de reuniões com ministros dos tribunais superiores foi descrita por um magistrado presente no jantar como “uma cruzada pela defesa da democracia”. O papel do STJ na defesa da democracia foi destacado nos discursos de Lula e de Herman Benjamin.


O presidente reclamou de seu antecessor em algumas ocasiões durante o jantar. Ao falar sobre a necessidade de defender de maneira enfática a democracia, Lula mencionou os acampamentos montados em frente a quartéis generais após as eleições presidenciais e a invasão às sedes dos Três Poderes em janeiro do ano passado.


O presidente também criticou o fato de Bolsonaro ter viajado para os Estados Unidos antes de deixar o cargo. Apesar do ex-presidente negar participação em qualquer tentativa de golpe, Lula atribui parte da mobilização no final de 2022 e início de 2023 à postura do adversário político.


Não houve manifestação dos magistrados diante das críticas proferidas por Lula contra Bolsonaro. Ao final do jantar, o presidente posou para uma fotografia ao lado dos ministros do STJ e dos integrantes de seu governo. Formou-se uma fila para cumprimentar o presidente e receber autógrafo na foto que foi dada de recordação.




 
 
 

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