top of page

Israel confirma que 'eliminou' possível sucessor de Nasrallah na liderança do Hezbollah

Hashem Safieddine foi morto em bombardeio há três semanas no sul de Beirute


Israel confirmou nesta terça-feira que matou, em um bombardeio há três semanas no sul de Beirute, Hashem Safieddine, apontado como possível sucessor de Hassan Nasrallah, líder histórico do Hezbollah, assassinado em outro ataque poucos dias antes. O grupo xiita libanês, no entanto, não confirmou a morte até então.



"Agora podemos confirmar que o chefe do Conselho Executivo do Hezbollah, Hashem Safieddine, e o chefe da Direção de Inteligência do Hezbollah, Ali Husein Hazima, foram abatidos junto a outros comandantes do Hezbollah em um bombardeio há cerca de três semanas", informou o exército israelense em um comunicado.


O ataque aéreo teve como alvo uma reunião de líderes seniores do Hezbollah. Foi um dos bombardeios mais pesados ​​a atingir a área conhecida como Dahiya desde que um ataque israelense matou o líder de longa data do Hezbollah em 27 de setembro.


A confirmação por Israel ocorreu quando o secretário de Estado Antony Blinken fez sua 11ª viagem ao Oriente Médio desde que a guerra em Gaza começou, em um esforço para acalmar as crescentes tensões regionais. Blinken pressionou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a acabar com a guerra no enclave palestino, disse um porta-voz do Departamento de Estado.


Blinken se encontrou com Netanyahu por duas horas e meia, argumentando que, com a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas morto na semana passada, Israel deveria aproveitar a oportunidade "garantindo a libertação de todos os reféns e encerrando o conflito em Gaza de uma forma que forneça segurança duradoura para israelenses e palestinos", disse o porta-voz, Matthew Miller, em um comunicado.


Netanyahu concordou que o assassinato de Sinwar "pode impactar positivamente a libertação dos reféns, a realização de todos os objetivos da guerra e o dia após a guerra", disse seu gabinete em uma declaração sobre a reunião. Mas também disse Netanyahu enfatizou a necessidade de lutar contra o Hezbollah, o Hamas e o Irã, e não mencionou uma trégua.


Primo de Hassan Nasrallah, Safieddine era considerado o número dois na hierarquia do Hezbollah. Desde 2017, seu nome estava na lista de acusados de terrorismo, elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA. Apesar de ser visto como o favorito para liderar a organização, o próprio Hezbollah negou anteriormente que ele havia sido confirmado no posto — hoje, quem ocupa o cargo interinamente é o vice-líder Naim Qassem.


Depois de enfraquecer o Hamas em sua ofensiva na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, o Exército israelense transferiu recentemente a maior parte das suas operações para o Líbano para combater o Hezbollah, que diz agir em apoio aos palestinos. Israel, por sua vez, afirma querer afastar os combatentes xiitas de suas zonas fronteiriças, reduzir as hostilidades e permitir que cerca de 60 mil habitantes que fugiram da violência no norte voltem para casa.


Desde então, o Líbano tem sido alvo de múltiplos ataques israelenses, numa ofensiva considerada a mais intensa fora de Gaza nos últimos 20 anos, segundo o grupo de monitoramento de conflitos Airwars. A escalada também levou ao deslocamento em massa no Líbano, que já teve um terço de sua população deslocada.


Com New York Times.


 
 
 

Comentários


2.png

ESCOLA DE ALFABETIZAÇÃO POLÍTICA

por Rosimeire Abrahão

bottom of page