Líder opositor é preso na Venezuela dois dias após eleições, afirma partido
- Politiza MT
- 30 de set. de 2024
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Freddy Superlano é coordenador do Vontade Popular, que alertou para 'escalada repressiva' do regime
Figura de destaque na oposição da Venezuela, Freddy Superlano foi detido nesta terça-feira (30) pelas autoridades do país, segundo o seu partido divulgou dois dias após a eleição que deu uma contestada vitória ao ditador Nicolás Maduro.
"Devemos denunciar responsavelmente ao país que, há poucos minutos, foi sequestrado o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano", publicou na plataforma X o partido VP (Vontade Popular). A sigla alertou para uma "escalada repressiva" após a eclosão de protestos contra o regime.
O partido abrigava Juan Guaidó no momento em que ele se autoproclamou presidente da Venezuela, em 2019. O famoso líder da oposição publicou um vídeo do que disse ser o momento da captura do ex-correligionário.
Pelo menos 11 pessoas morreram, de acordo com a ONG Foro Penal, e mais de 740 foram presas desde que os protestos começaram na segunda. A campanha eleitoral na Venezuela também foi marcada por relatos de repressão e de detenções de opositores, a quem o regime acusa de usar violência para tentar derrubá-lo.
Também nesta terça, figuras do alto escalão do chavismo começaram a pedir em Caracas as prisões da líder opositora María Corina Machado e do candidato Edmundo González, enquanto o ditador Nicolás Maduro acusou a dupla de ser responsável por "atos de vandalismo no país".
"Dizemos a eles: na Venezuela há que ter Justiça", afirmou Maduro nesta terça (30) após se reunir no Palácio de Miraflores com todos os seus ministros. "Nesta madrugada detivemos um grupo criminoso que trabalha diretamente com María Corina", afirmou, sem provas.
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