PF apura influência de facção criminosa em eleição de capital e mira presidente de câmara reeleito
- Politiza MT
- 18 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Vereador foi afastado da função e vai passar a usar tornozeleira eletrônica. Também está proibido de ir a bairros onde eleitores teriam sido coagidos
O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (PB), Dinho Dowsley (PSD), que foi reeleito em 6 de outubro, é o principal alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga a influência de uma facção criminosa na eleição da capital paraibana deste ano. Ele foi afastado da função e vai passar a usar tornozeleira eletrônica, enquanto responde ao processo.
A Justiça também determinou que o vereador fique distante dos bairros São José e Alto do Mateus, onde eleitores teriam sido coagidos a votar nele. Também não poderá frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa, em especial a prefeitura. Ainda, está impedido de manter contato com os demais investigados.
Dinho, que preside a Câmara de João Pessoa desde 2022, em dois mandatos seguidos, foi alvo da operação Livre Arbítrio, deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira (18) e que cumpriu sete mandados de busca e apreensão para investigar organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato.
Por meio de nota, Dinho afirmou que tem sido alvo de “ilações maliciosas” envolvendo o seu nome e que isso tem “motivos meramente eleitoreiros”. Ele lembrou que tem 20 anos de vida pública, com cinco mandatos, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento nesse período. “Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular”, ressaltou.
Também foram alvos da operação uma mulher suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar. Ela foi presa na segunda fase da Operação Território Livre, em 19 de setembro, e levada para o presídio Júlia Maranhão. A prisão foi transformada em prisão domiciliar.
Outra investigada foi usada para exercer influência na comunidade, segundo a PF. Ela é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida e também foi presa na segunda fase da Operação Território Livre. Foi solta em 30 de setembro, mas com uso de tornozeleira eletrônica. A PF ainda fez buscas na casa de um conselheiro tutelar que foi alvo de busca na primeira fase da Território Livre.
Mandado cumprido dentro de prefeitura
Em outra operação, deflagrada também na Paraíba nesta sexta-feira, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em Cabedelo, para investigar a influência de um grupo criminoso na eleição do município da região metropolitana de João Pessoa.
Um dos mandados de busca e apreensão aconteceu no setor administrativo da Prefeitura de Cabedelo.
A operação Em Passant também apura controle de território para influenciar o pleito eleitoral. Os alvos dão suspeitos de crimes como constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato.
Fonte: O Tempo
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