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PGR de Maduro anuncia ordem de prisão contra Milei

Tarek William Saab acusa o presidente argentino de "roubar e desmantelar" um avião venezuelano apreendido e entregue aos EUA


O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, alinhado a Nicolás Maduro, anunciou na quarta-feira, 19, a emissão de mandados de prisão contra o presidente da Argentina, Javier Milei, sua irmã, Karina Milei, e a ministra da Segurança, Patricia Bulrich.

Os mandados de prisão foram emitidos em resposta à apreensão de um avião cargueiro da estatal venezuelana Emtrasur, detido em Buenos Aires em 2022, durante a gestão do peronista Alberto Fernández, e entregue aos Estados Unidos em fevereiro de 2024.


O governo americano solicitou a apreensão por considerar que a compra do Boeing 737-300 junto à companhia aérea iraniana Mahan Air violou a proibição de troca de mercadorias de origem americana com empresas suspeitas de terrorismo.


“Este ministério público da República Bolivariana da Venezuela anuncia a designação de dois promotores especializados no assunto, que estão conduzindo os procedimentos pertinentes ao caso, e tramitando mandados de prisão contra os seguintes cidadãos, com base no que foi afirmado anteriormente: um, Javier Milei, presidente da República Argentina; Karina Milei, secretária-geral da Presidência da nação argentina; e Patricia Bullrich, ministra da segurança da nação argentina”, disse Saab em declaração à imprensa venezuelana.


Saab acusou Milei, sua irmã e sua secretária de Segurança de “roubar e desmantelar” o avião venezuelano. A ditadura de Maduro imputou à cúpula do governo argentino os crimes de roubo qualificado, lavagem de dinheiro, privação ilegítima de liberdade, simulação de ato punível, interferência ilícita, inutilização de aeronave e conspiração.


A entrega do avião venezuelano aos EUA foi determinada pelo juiz Federico Villena, seguindo o parecer da procuradora Cecília Incardona.


O governo argentino reage

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina repudiou os mandados de prisão emitidos contra as autoridades argentinas.


“O referido caso foi resolvido pelo Judiciário, poder independente sobre o qual o Executivo não pode e não deve ter qualquer interferência, em aplicação de um acordo internacional”, afirmou.

“O governo argentino lembra ao regime venezuelano que na República Argentina prevalece a divisão de poderes e a independência dos juízes, algo que infelizmente não ocorre na Venezuela sob o regime de Nicolás Maduro”, completou.




 
 
 

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