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🚨 EXCLUSIVO: ARQUIVOS DE 8 DE JANEIRO

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Novos arquivos vazados revelam que o Supremo Tribunal Federal (STF) usou ilegalmente postagens em redes sociais para prender manifestantes pró-Bolsonaro.


Em 8 de janeiro de 2023, centenas de apoiadores do ex-presidente @JairBolsonaro invadiram prédios do governo em Brasília, em um episódio notavelmente semelhante ao de 6 de janeiro nos EUA. Muitos eram idosos ou doentes e não cometeram atos de violência. No entanto, todos foram rotulados de "golpistas", "terroristas" e "fascistas" pelo presidente @LulaOficial

 e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.


Agora, os ARQUIVOS DE 8 DE JANEIRO mostram que Moraes criou uma força-tarefa de inteligência secreta e ilegal que usou postagens em mídias sociais para justificar a prisão de manifestantes não violentos.


Moraes e sua força-tarefa:


— operado por meio de um grupo secreto do WhatsApp que criava “relatórios” ilegais de inteligência

— manteve manifestantes detidos enquanto realizavam varreduras em suas redes sociais; — usou a fala online como base para prisão “preventiva”;

— negou aos advogados o acesso às provas;

— usou ilegalmente um banco de dados biométrico para identificar manifestantes.


Esses arquivos revelam que os processos de 8 de janeiro foram motivados politicamente e envolveram abusos generalizados de poder.


Moraes, atendendo aos interesses de Lula, driblou a lei para efetivamente criminalizar o discurso político. Sua perseguição excessiva a manifestantes ajudou a legitimar a narrativa de que 8 de janeiro foi uma "tentativa de golpe" coordenada – uma narrativa central para o processo em andamento contra Bolsonaro pelo tribunal.


A investigação do ARQUIVO DE 8 DE JANEIRO foi liderada por @david_agape_e @EliVieiraJr e editada por @galexybrane.


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CONTEXTO:


No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que Bolsonaro usasse uma tornozeleira eletrônica e o proibiu de usar as redes sociais e se comunicar com outros indivíduos sob investigação.


O Brasil agora enfrenta tarifas de 50% dos EUA, uma medida que entrará em vigor em 6 de agosto.


O uso “criativo” dos poderes de Moraes — sancionado pela Lei Magnitsky Global por abusos de direitos humanos cometidos pelo Secretário de Estado dos EUA

@marcorubio — foi a base para:


— Proibição @jairbolsonaro

de eleições por 8 anos

— Censura de jornalistas e tentativas de intimidação contra críticos como

— Prisões em massa e congelamento de bens de pessoas inocentes


Isto é guerra jurídica em seu mais alto nível.


Os ARQUIVOS vazados de 8 DE JANEIRO revelam novo material do arquivo “Vaza Toga” exposto pela primeira vez por


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“A Procuradoria-Geral da República pediu a libertação deles, mas a Justiça não quer liberá-los antes de verificarmos suas redes sociais.


” Nas semanas seguintes a 8 de janeiro, centenas de detidos permaneceram presos — mesmo quando a Procuradoria-Geral da República (PGO) recomendou formalmente sua libertação. Os prazos legais foram ignorados, violando o Código de Processo Penal.


O que defensores públicos e advogados suspeitavam, mas ainda não conseguiam provar, agora pode ser confirmado. O verdadeiro motivo dos atrasos foi que Moraes estava esperando que sua força-tarefa verificasse as contas de mídia social dos réus.


Em uma mensagem de WhatsApp em 13 de fevereiro de 2023, a leal chefe de gabinete de Moraes, Cristina Kusahara, reconheceu que o PGO havia recomendado a libertação de um grupo de detidos, mas Moraes "não quer liberá-los antes que possamos verificar suas redes sociais".


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“Que possamos dar a cada um o que ele merece: prisão!  .


” Em 1º de março de 2023, o Juiz Airton Vieira enviou uma mensagem de despedida ao grupo de WhatsApp. Ele havia acabado de encerrar sua função de supervisionar as audiências de custódia dos detentos de 8 de janeiro.


O juiz, encarregado de garantir a justiça e o devido processo legal, celebrava abertamente um resultado presumido. "Que possamos dar a cada um o que merece: prisão!  ", escreveu, como se a culpa já tivesse sido determinada muito antes de qualquer julgamento.


A referência do juiz aos "outros grupos" sugeria a existência de múltiplos chats paralelos. Segundo nossas fontes no TSE, havia vários outros grupos de WhatsApp usados para discutir assuntos oficiais — todos parte de uma rede mais ampla e compartimentada, operando inteiramente nas sombras.


COMO FUNCIONOU:


Kusahara, transmitindo ordens de Moraes, comandava o grupo com rigor autoritário, exigindo velocidade e volume.


Autoridades do STF e do TSE participaram, incluindo Eduardo Tagliaferro, chefe da unidade de combate à desinformação do TSE.


A força-tarefa seguiu um processo de três etapas:


— Primeiro, eles receberam listas de detidos da Polícia Federal

— Em seguida, eles consultaram ilegalmente o banco de dados biométricos do TSE, o GestBio, para identificar os manifestantes

— Usando os dados para encontrar contas de mídia social, a equipe produziu “relatórios” que rotulavam cada detento como positivo (aqueles que permaneceriam na prisão) ou negativo (aqueles que tiveram a chance de sair em liberdade)



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ANÁLISE:


Nossa equipe analisou as planilhas utilizadas pela força-tarefa para classificar os detentos. De acordo com os registros do STF, foram lavrados 1.398 autos de infração. Das 319 pessoas classificadas com 69 autos de infração aos quais tivemos acesso, 42 foram classificadas como "positivas" e 277 como "negativas". Em seguida, cruzamos os dados com as listas do STF de indivíduos que foram liberados ou encaminhados à prisão após as audiências.


Embora um relatório negativo não fosse garantia de libertação, ninguém que recebesse um relatório positivo era libertado. Esses relatórios secretos nunca eram mostrados aos advogados de defesa.


Os motivos para um relatório positivo incluíram:


— Compartilhando postagens sobre protestos

— Publicar conteúdo pró-Bolsonaro

— Vestindo verde e amarelo (cores da bandeira brasileira)

— Seguindo páginas de direita

— Criticar o STF, Lula ou as eleições

— Participar de grupos do Telegram ou WhatsApp

— Repostagem de conteúdo rotulado como “desinformação”


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“Então, de acordo com Egghead, ninguém pode questionar nada?”


Em um caso, a força-tarefa denunciou um caminhoneiro, Claudiomiro da Rosa Soares, por uma série de postagens no Facebook que criticavam Lula e questionavam as eleições de 2022. Acusado de "atentado violento ao Estado democrático de direito", o homem passou 11 meses e 7 dias preso sem nunca ter cometido um ato de violência.


Entre os conteúdos citados pelo caminhoneiro: um meme perguntando "Como esse cara conseguiu 60 milhões de votos?" depois que Lula foi vaiado no funeral de Pelé; um comentário acusando os ministros do Supremo Tribunal Federal de serem "vendidos"; e uma notícia republicada sobre fraude eleitoral com um comentário criticando Moraes: "Então, segundo o Cabeça de Ovo [Moraes], ninguém pode questionar nada?"


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“Fazer cumprir a Constituição não é um golpe.”


Adenilson Demetrio de Cordova recebeu um rótulo "positivo" por causa de uma única postagem encontrada no X. Ela continha um link para uma petição intitulada "Manifesto à Nação Brasileira - Em Defesa da Liberdade", publicada meses antes das eleições de 2022 por um perfil com zero seguidores e zero visualizações.


Outro homem, Ademir da Silva, foi mantido preso por uma única publicação no Instagram. A publicação dizia: "Fazer cumprir a Constituição não é golpe". Só isso foi classificado como "antidemocrático" e como evidência de "o com os resultados das eleições de 2022". Nenhum outro conteúdo foi citado.


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“Posso entrar em todos os detalhes, mas não atingirei a velocidade que vocês precisam.”


Erros eram comuns. Uma mulher chamada Vildete foi erroneamente identificada como "positiva". Minutos depois, a equipe percebeu que a havia confundido com outra pessoa e mudou seu rótulo para "negativa".

A exigência de Moraes por resultados rápidos, disse Tagliaferro, fez com que a força-tarefa tivesse que economizar. "Posso entrar em detalhes", disse ele, "mas não atingirei a velocidade que todos vocês precisam".


A mulher erroneamente rotulada como "positiva" provavelmente era Vildete da Silva Guardia, uma aposentada de 74 anos. Mesmo com o laudo corrigido, ela permaneceu presa — e só foi liberada 21 dias depois devido a uma grave hemorragia intestinal.


Vildete foi posteriormente levada de casa para a prisão e, posteriormente, condenada a 11 anos e 11 meses de prisão. Mais de um ano depois, a avó continua presa em uma cadeira de rodas, com seus pedidos de liberação médica repetidamente negados.


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Uma “mancha vergonhosa no Supremo Tribunal”


Ademir Domingos Pinto da Silva, um vendedor ambulante de 54 anos do sul do Brasil, nem sequer estava presente nos protestos de 8 de janeiro.

Ele chegou mais tarde naquela noite ao acampamento militar em Brasília para vender bandeiras e camisetas. A polícia o impediu de sair, e ele foi detido.


Ele foi rotulado como "positivo" não por qualquer ato de violência, mas por tuítes de 2018 criticando Lula e o Partido dos Trabalhadores. Nenhum deles mencionou o dia 8 de janeiro, nem mesmo as eleições de 2022. Seu relatório foi assinado pela unidade de desinformação e usado para justificar quatro meses de prisão e uma condenação criminal. Ele agora usa uma tornozeleira eletrônica e é obrigado a prestar serviço comunitário.


Seu advogado chamou o caso de “uma mancha vergonhosa na Suprema Corte” e disse que ele foi condenado “sem que um único juiz lesse seu arquivo”.


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“Não podemos nos dar ao luxo de ficar sentados filosofando.


” Fontes próximas à investigação revelaram que o representante de Moraes, Kusahara, “basicamente disse aos juízes o que fazer”, apesar de não ocupar nenhum cargo oficial no tribunal.


Kusahara não deixou dúvidas de que o objetivo da operação era determinar quem deveria permanecer na prisão. "Temos 1.200 detidos, e a maioria será libertada", escreveu ela em 13 de janeiro de 2023. "Não podemos nos dar ao luxo de ficar filosofando."


Kusahara repreendeu a equipe, dizendo: "Preciso que isso seja feito com cautela, mas não no ritmo do TSE. Sinto muito, mas vocês são mimados."


Tagliaferro levantou preocupações, ressaltando que sua equipe "nunca havia feito isso antes" e que a unidade havia sido "criada para outra finalidade". Sua objeção ressaltou a natureza ilegal da operação. A unidade de de sinformação do TSE não tinha mandato para conduzir investigações.


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“A equipe tem os relatórios positivos das mulheres em mãos para que eu possa imprimi-los e mostrá-los ao Juiz?”


As mensagens do grupo deixam claro que Moraes ditava suas atividades. Em 8 de março de 2023, o STF ganhou as manchetes ao anunciar a soltura de 149 mulheres no Dia Internacional da Mulher. Cinco dias antes, Kusahara perguntou ao grupo de WhatsApp: "A equipe tem os laudos positivos das mulheres em mãos para que eu possa imprimir e apresentar à Justiça?"


A libertação de detentas por Moraes foi comemorada pela mídia como “compaixão”.


Mas conversas vazadas mostram a verdade: as mulheres foram mantidas presas por mais dois meses para que Moraes pudesse encenar a "libertação" em uma data simbólica — usando os mesmos relatórios "positivos/negativos".


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“Posso entrar em contato com parceiros?”


Mais tarde, em 3 de março, Kusahara escreveu: “Vou repassar uma instrução do Juiz: peça ao Eduardo para verificar se eles participaram de algum grupo de WhatsApp ou Telegram sobre o golpe”.


Na tentativa de atender à solicitação, Tagliaferro perguntou se poderia entrar em contato com "parceiros" — verificadores de fatos e acadêmicos irresponsáveis que poderiam se infiltrar em grupos de bate-papo privados e coletar dados para o tribunal. Kusahara disse a ele para ignorar os canais oficiais do governo e enviar a solicitação diretamente para uma conta de e-mail pessoal usada por Moraes. "Eu já disse a ele que você vai escrever", acrescentou.


A força-tarefa de Moraes terceirizou a espinagem política para civis que agiam como espiões, sem mandados ou cadeia de comando legal.


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“Uma distorção típica de regimes autoritários”


Os juristas são unânimes: o STF e o TSE romperam todos os limites legais.


Marco Aurélio Mello, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, chamou a tomada de poder de Moraes de "nefasta" e as sentenças de 8 de janeiro de "desproporcionais". Mello disse: "Não consigo entender como eles podem ser condenados a 15, 16, 17 anos de prisão. Essas são penas para assassinos ou assaltantes, não para arruaceiros ou vândalos."


O advogado André Marsíglia, especialista em liberdade de expressão, disse que a criação de relatórios ilegais pelo tribunal representa "uma tomada inconstitucional das funções do Ministério Público — uma distorção típica de regimes autoritários, onde a lei é usada como arma de vingança".


Ives Gandra da Silva Martins, um respeitado acadêmico de direito de 90 anos, diz que Moraes transformou a força-tarefa em “uma espécie de guardião do que pode ou não ser dito na democracia brasileira”.


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“Porque já vivemos ditaduras e não queremos mais.”


Este é o retrato de um judiciário transformado em arma política.


Prender pessoas por opiniões, censurar críticos e espionar cidadãos é algo que nenhuma democracia tolera.


Na semana passada, o presidente Lula disse ao New York Times: “O estado democrático de direito para nós é algo sagrado, porque já vivemos ditaduras e não queremos mais”.


Mas hoje, são Lula e seu emissário, Moraes, que destruíram o estado democrático de direito e transformaram o Brasil em uma ditadura onde a expressão de dissidência política é motivo para prisão.


Solicitamos comentários ao STF, ao TSE, à Procuradoria-Geral da República, ao Exército Brasileiro, a Moraes e a outras pessoas no grupo de WhatsApp. Ninguém respondeu até o momento da publicação. Leia a investigação completa de @david_agape_e @EliVieiraJr aqui:



FIM

 
 
 

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ESCOLA DE ALFABETIZAÇÃO POLÍTICA

por Rosimeire Abrahão

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